Descarregadores de Sobretensão

Quer seja no domínio profissional ou particular é enorme a nossa dependência de aparelhos elétricos e electrónicos.

As redes de dados das empresas, equipamentos de emergência em hospitais, bombeiros e polícia são vitais para a troca de informação em tempo real. Bases de dados de instituições financeiras necessitam de meios de transmissão a operar em segurança. Equipamentos de soldadura, fornos máquinas específicas industriais precisam de uma elevada fiabilidade de serviço.

Durante a ocorrência de trovoadas são libertadas num curto espaço de tempo elevadas quantidades de energia. Estes picos de tensão podem penetrar num edifício através de todo o tipo de ligações condutoras de electricidade, provocando grandes prejuízos.

Muito frequentemente os dispositivos electrónicos são danificados por sobretensões cujas causas são descargas atmosféricas distantes ou alterações de carga de grandes sistemas eléctricos.

Se um edifício com proteção exterior contra descargas atmosféricas receber um impacto directo de um raio produz-se uma queda de tensão na resistência de terra da ligação equipotencial o que representa uma sobretensão para o ambiente distante.

A elevada carga energética das sobretensões por descargas atmosféricas, no caso de queda directa de um raio no sistema exterior de captação contra descargas atmosféricas tem como consequência uma falha integral dos equipamentos ligados e danos no isolamento e protecção dos cabos eléctricos.

Geralmente, as sobretensões de manobra superam duas a três vezes a tensão de serviço, enquanto as sobretensões por descargas atmosféricas podem atingir por vezes 20 vezes a tensão nominal transportando uma elevada carga de energia.

Actualmente existem inúmeras tecnologias na proteção contra sobretensões devido a descargas atmosféricas ou manobras da rede de distribuição elétrica, através de dispositivos que limitam a diferença de potencial aos terminais de carga, denominados descarregadores de sobretensão.

De acordo com as normas em vigor existem 3 tipos de descarregadores: Tipo I, Tipo II e Tipo III.

Os descarregadores Tipo I são denominados de “Proteção Grossa” que limita a propagação da onda de sobretensão 10/350µs ao longo da instalação.

Os descarregadores Tipo II são denominados de “Proteção Média” e limitam a propagação da onda induzida 8/20µs, apresentando uma tensão residual inferior ao do Tipo I.

Os descarregadores Tipo III são denominados de “Proteção Fina” e são instalados próximo das cargas devido à reduzida tensão residual.

A equipa de manutenção deve garantir o bom estado de conservação dos descarregadores de sobretensão instalados para que no momento da sua real utilização o seu funcionamento esteja garantido, evitando graves prejuízos para a empresa.

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NOTA: A evidência do cumprimento do plano de manutenção preventiva é indispensável para accionar a garantia de qualquer máquina.