Exutor: Componente do sistema de Controlo de Fumo Natural que é instalado na cobertura e/ou fachadas dos edifícios ou de um espaço, com capacidade de abertura em caso de incêndio, permitindo a desenfumagem do espaço a proteger por meios naturais.
Uma vez que estes equipamentos permitem a extracção de fumo e ar quente produzido no incêndio, devem apresentar resistência a elevadas temperaturas, sem deterioração, sob pena de por em risco a função para a qual se destinam. Exige-se assim a escolha de materiais com bom comportamento ao fogo comprovados através da realização de ensaios.
Os exutores são essencialmente compostos por:
▪ Base/Suporte: parte fixa que assenta na cobertura e que suporta os restantes elementos;
▪ Cúpula ou Lamela: parte móvel do exutor cuja abertura permite a saída de fumo;
▪ Comando: dispositivo manual ou automático que permite a abertura do exutor;
▪ Fusível térmico: mecanismo que garante a abertura do ventilador quando a temperatura de ruptura do fusível é atingida (68ºC e182ºC).
▪ Certificação: Todos os equipamentos devem ter marca CE, garantindo assim a sua certificação de acordo com a EN 12101-2:2003-09.
Fig 1.1 – Incêndio num edifício de grande volume de cobertura horizontal, com dois cantões e controlo de fumo por varrimento passivo.
A cúpula do exutor pode ser de uma ou de duas comportas (consoante as dimensões do exutor), ou do tipo lamelas.
As cúpulas/Lamelas são constituídas de um material sintético ou vidro armado através de fios metálicos ou ainda através de fibras endurecidas, no caso dos exutores de lamelas normalmente são em alumínio em liga AIMg3 resistentes a temperaturas elevadas entre os 800 ºC a 1200 ºC, podendo acumular para além da função de saída de fumo em caso de incêndio, serem também utilizados para ventilação natural e iluminação zenital do espaço interior.
Fig 1.2 – Exutor de Fumos do tipo Lamela.
Fig 1.3 – Exutor de Fumos do tipo comporta
Fig 1.4 – Exutor de Fumos do tipo Dupla Comporta
É fundamental a elaboração de um plano de manutenção.
NOTA: As empresas que efectuam a manutenção devem estar devidamente credenciadas junto da ANPC (Autoridade Nacional de Protecção Civil).
A evidência do cumprimento do plano de manutenção preventiva é indispensável e deve constar nas medidas de auto protecção do edifício.